O espectro do sonho - (e a vertigem de acordar)Páginas

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A INSONIA E A FÁBULA DO DESPERTAR (e o contentamento de viver)











Se em nós coubesse a mágica estação, despertaríamos. Caídos no sono profundo das nossas vontades mornas, os deuses também caíram na dormência eterna. Mas, apesar dos sonos eternos de tudo quanto possamos conceber em existência, há olhos que vêem o sol em seu esplendor, mãos que tocam o céu  das nossas interioridades...
Acima da linha de alcance do nosso olho mirrado estão as luzes que fustigam as sombras do esquecimento e do sono rochoso em que dormitamos... Prelúdio de crenças equivocadas que em nós se eternizam... Flutuamos  num sonho de gelo indeterminável... E a nossa memória aguarda, congelada, no escuro de cofres de aço, o tempo do desgelo...
Cai sem fim a areia do Tempo... Os olhos estão cerrados...





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