Se em nós coubesse a mágica
estação, despertaríamos. Caídos no sono profundo das nossas vontades mornas, os
deuses também caíram na dormência eterna. Mas, apesar dos sonos eternos de tudo
quanto possamos conceber em existência, há olhos que vêem o sol em seu
esplendor, mãos que tocam o céu das
nossas interioridades...
Acima da linha de alcance do
nosso olho mirrado estão as luzes que fustigam as sombras do esquecimento e do
sono rochoso em que dormitamos... Prelúdio de crenças equivocadas que em nós se
eternizam... Flutuamos num sonho de gelo
indeterminável... E a nossa memória aguarda, congelada, no escuro de cofres de
aço, o tempo do desgelo...
Cai sem fim a areia do Tempo...
Os olhos estão cerrados...
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