O dia tece suas imagens na rua larga. No chão verde da
praça, insetos, anônimos e alienados, devoram folhas que ninguém viu crescer.
No centro da praça, iluminada de
sol, está a estátua do soldado morto; o soldado e suas articulações de mármore
e de concreto. O sol a queimou. Isso foi tudo...
Quando chover e a chuva lavar o
pavimento e a estátua do soldado, morto na guerra esquecida, mais um dia terá
se passado...O dia lavado pela chuva e queimado pelo sol...
As imagens que o dia tece escorrem pela rua larga e se
perdem nas curvas, nas curvas que o sol devora...Esquecimento que o dia
encerra...
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