Uma vez atingida a meta de
contemplar as horas misteriosas, e nada restasse; partimos para o refúgio das
ruas. Nas profundezas da rua, tememos o medo. E como o medo crescesse e seu
peso fosse insuportável, estacamos no sono. Acordar é uma conquista amarelada
de sol.
Cão morto que um tiro de piedade
matou. As horas são infinitas de humanidade.
É preciso ver o homem em tudo.
Quando Zeus caiu das alturas, os homens teceram uma mortalha e cobriram-no para
que o frio do mundo não o acordasse, e nas praças ergueram monumentos de bronze
em homenagem a Zeus caído segurando em suas mãos as horas mais misteriosas que
o mundo temeu.
As horas, recortadas por minutos
inatingíveis, são depostas no fim do dia...
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