O espectro do sonho - (e a vertigem de acordar)Páginas

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

AS LEMBRANÇAS SE PERDEM (e o esquecer absoluto)












Uma vez atingida a meta de contemplar as horas misteriosas, e nada restasse; partimos para o refúgio das ruas. Nas profundezas da rua, tememos o medo. E como o medo crescesse e seu peso fosse insuportável, estacamos no sono. Acordar é uma conquista amarelada de sol.
Cão morto que um tiro de piedade matou. As horas são infinitas de humanidade.
É preciso ver o homem em tudo. Quando Zeus caiu das alturas, os homens teceram uma mortalha e cobriram-no para que o frio do mundo não o acordasse, e nas praças ergueram monumentos de bronze em homenagem a Zeus caído segurando em suas mãos as horas mais misteriosas que o mundo temeu.
As horas, recortadas por minutos inatingíveis, são depostas no fim do dia...







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